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FundaMentol

sexta-feira, janeiro 21, 2005

O nascimento de venus

Foram exactamente quatro mil seiscentas e setenta e quatro gramas, de resinas epoxy, que coloquei no balde de 20 litros de cor indiferenciada, devido às muitas misturas que nele já foram feitas, principalmente misturas de tintas lavadas das máquinas tipográficas. Onde ao contrario do que é habitual, e, habitual neste caso são os muitos cadernos de papel pouco higiénico onde as letras de forma são impressas com tinta ora preta ora negra resultando numa espécie de livro/diário/ (confessionário/santuário)(orador interminável) de todas as dores/cores, mais a merda do abre cartas que sempre temos que ter à mão quando se lêem estes... ...depois de muitas mãos o conduzirem para o seu formato de livro, já vestido com capa e sobrecapa por causa do frio, com ilustrações a quatro e cinco cores em papel couché de gramagem generosa e páginas de texto impressas sobre papel todo ele especial e próprio por elegância, fragrância, leve e vaidoso por receber sobre a sua superfície pensamentos de tanta complexidade e sabedoria... Foi a mim que pediram para que, mais uma vez, zela-se pela sua conservação ora como especialista com provas dadas pelas gordas e sonoras gargalhadas, que ao longo dos séculos os muitos livros de sabedoria sempre me proporcionaram, principalmente madrugada dentro, neste caso 13 volumes mais caixas e erratas à parte, mais uma brochura grátis que explicava qualquer coisa sobre como encomendar o volume sem sair de casa, que vou começar a pincelar cuidadosamente para que nenhuma palavra ou imagem fique por resguardar da fúria destruidora do tempo