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FundaMentol

sexta-feira, janeiro 14, 2005

la chair du monde et son opacité

Estou deitado no meu poema. Estou universalmente so,
deitado de costas, com o nariz que aspira,
a boca que emudece,
o sexo negro no seu quieto pensamento.
Batem, sobem abrem, fecham,
gritam à volta da minha carne que é a complicada carne do poema.

Herberto Helder, La Cuiller dans la bouche